Conexão Total: home office tem desafios, mas é vantajoso para empresa

Com a pandemia, o teletrabalho se tornou a única opção para muitos segmentos. Contudo, diversos obstáculos foram enfrentados nessa adaptação, desde tecnológicos até mesmo as pessoas. Mesmo com os desafios, o home office é vantajoso? Entenda mais sobre o assunto agora, ao longo desta matéria.

A dinâmica dos ofícios em todo o mundo passou recentemente por uma mudança dramática de comportamento devido à pandemia da Covid-19. Enquanto o home office costumava ser adotado apenas por algumas companhias e empreendedores autônomos, agora se tornou uma realidade para a maioria das organizações.

De fato, o modelo pode ser muito benéfico tanto para as instituições quanto para  seus funcionários. No entanto, deve ser muito bem planejado para não haver problemas no desempenho da equipe, pois a distância pode criar obstáculos para a comunicação e resolução rápida de problemas. 

A Microsoft divulgou um estudo realizado em 2022, com 31 mil pessoas em 31 países diferentes e apontou: 58% dos brasileiros preferem mudar para os moldes híbridos ou totalmente remotos. A pesquisa revelou a visão dos profissionais sobre os moldes tradicionais e como isso mudou nos últimos anos.

Neste cenário, explicaremos como funciona o home office, suas vantagens e como  sua empresa pode proporcionar bem-estar aos seus funcionários utilizando este modelo. Para tal, reunimos os melhores especialistas para abordar o assunto.

Como funciona o home office

Em tradução literal quer dizer escritório em casa, mas seu conceito não se limita ao ofício realizado em um espaço geográfico específico. Significa, na verdade, a possibilidade de um funcionário empenhar suas tarefas de qualquer lugar com as ferramentas necessárias para tal, como: conexão com a Internet, notebook, smartphone ou qualquer outro dispositivo exigido. 

Assim, caso necessário, permite ao empregado usufruir de um local diferente do escritório. Portanto, eles podem ocupar-se em casa, em um coworking, ou até mesmo em um hotel, aeroporto ou café.

De acordo com Jorge Penillo, coach e mentor de liderança, “a modalidade começou a sua implementação desde 2010 nas grandes corporações”. Nessa época, grande parte dos dias as pessoas trabalhavam presencialmente e a outra parte em casa. Entretanto, devido a crise sanitária tiveram uma adaptação repentina para operar 5 ou 6 dias da semana internamente em suas casas, muitas vezes, até de forma improvisada. 

Mesmo após as restrições do lockdown, a previsão é de retenção do cenário e até mesmo de intensificação. Uma pesquisa do LinkedIn também aponta: 81% dos respondentes acredita na continuidade do processo virtual mesmo após a total superação da pandemia. Além disso, 70% concordam com a dominância do formato em definitivo.

Os benefícios do home office

Para Caio Infante, MBA em Gestão Internacional pela University of Technology, em Sidney, Austrália, e co-fundador da Employer Branding Brasil: “as pessoas se acostumaram a fazer suas tarefas de casa, com isso ganharam mais tempo com suas famílias e amigos”. Dentre os principais benefícios da modalidade, podemos listar:

• Flexibilidade

De acordo com o horário, é possível organizar melhor o tempo e as tarefas do funcionário. Dessa forma, a depender do contrato firmado, podem optar por se empenhar quando se sentirem mais produtivos, sendo também capazes de lidar com eventos inesperados sem interferir no desempenho de suas funções.

• Economia

Para as organizações totalmente adeptas ao molde, não há a necessidade de gastos com uma estrutura física, aluguel, contas de água e luz. Ao mesmo tempo, os empregados economizam nos gastos com o deslocamento diário, seja em transporte privado ou coletivo, e também na alimentação.

• Qualidade de vida

Conforme relata Jorge Penillo: “o fator deslocamento acaba contando muito, pois as pessoas não precisam mais gastar em média duas horas de deslocamento por dia”. Com esse tempo poupado é possível converter em atividades físicas, descanso ou em tempo de qualidade com os filhos.

• Atração dos melhores colaboradores

Encontrar e atrair bons profissionais pode ser uma tarefa difícil. Entretanto, fica extremamente mais fácil quando se pode contar com a participação de candidatos do Brasil inteiro. Não se limitando à regionalidade e proximidade do escritório. 

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2022, aproximadamente uma a cada quatro pessoas poderiam exercer suas funções de forma remota. Esse índice equivale a 20 milhões de indivíduos, representando 24% da população brasileira.

Ok, mas existem desvantagens?

Não podemos ignorar a existência dos aspectos negativos. Entretanto, eles demonstram ser muito mais sobre o perfil de cada funcionário. Para alguns, a ausência de interação física, concentração, procrastinação e o risco de sobrecarga são algumas das maiores queixas. 

A falta de um espaço ideal para concentrar-se, com mesa, cadeira e iluminação adequada, também pode ser outra desvantagem. Todavia, tudo isso depende do quanto a responsável pela contratação está potencialmente adaptada e do tipo de assistência remota prestada.

Para todos os casos, é muito importante definir não apenas horários, como também um “cantinho” específico para isso. Além de evitar problemas, como dores na coluna por permanecer o dia inteiro sentado em uma cadeira imprópria, você ajuda seu corpo e cérebro a entenderem aquele período como específico para suas atividades.

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