Quer fazer home office? Empresas resistem em adotar o trabalho remoto no Brasil
A locomoção nas grandes cidades brasileiras são um problema cada vez mais debatido nas rodas de conversas entre amigos e família. Acordar todo dia cedo para pegar o transporte público ou entrar em um carro para ficar às vezes até mais de duas horas no trânsito é estressante e cansativo. E, segundo um levantamento feito pela SAP Consultoria RH, apenas 37% das empresas brasileiras permitem o trabalho remoto, famoso home office. Dessas, apenas 7% dos profissionais efetivamente realizam trabalho remoto, sendo as pequenas empresas as mais receptivas à prática, com 45% dos casos.
O aumento em relação ao estudo anterior foi de apenas um ponto percentual. A pesquisa divulgada no ano passado mostrou que 36% das empresas permitiam que colaboradores realizassem o trabalho em casa. Mas, se o home office oferece benefícios tanto ao trabalhador, que evita perder tempo no trânsito e ainda pode trabalhar no conforto de casa, como para o empregador, que economiza em vale transporte, vale refeição e custos fixos como água, luz e, às vezes, até aluguel de salas, por que o empresário brasileiro resiste a este recurso?
“Existe uma cultura no Brasil onde o responsável deve sempre acompanhar de perto sua equipe. Qualquer cenário contrário traz um sentimento de desconforto, também temendo outras distrações em casa como TV e familiares”, opinou a diretora comercial da Total IP, Ariane Abreu.
Com 43% das respostas, o conservadorismo da direção das companhias foi, de fato, o principal motivo apontado pelo levantamento da SAP Consutoria RH, que analisou mais de 300 empresas de diferentes segmentos. A segurança da informação ficou com o segundo lugar, citado por 38%, seguida de problemas legais (38%), dificuldade de gerir atividades em ambiente externo (36%) e infraestrutura (29%).
(Fonte: NetSpeed)