Apenas 37% das empresas brasileiras aceitam o home office, diz pesquisa
Quem já sofreu com o trânsito, transportes públicos cheios e todas aquelas dores de cabeça que envolvem ir até o escritório de trabalho certamente pensou um bocado de vezes em como seria mais fácil poder trabalhar diretamente do conforto de sua casa – o famoso home office. Infelizmente, ela ainda é pouco difundida no Brasil: segundo uma pesquisa da SAP Consultoria RH feita com 300 empresas nacionais, apenas 37% delas permitem esse tipo de prática.
Os números são ainda piores quando analisamos o número de empresas que permitem que seus funcionários efetivamente trabalhem nesse regime. Apenas 7% delas oferecem aos empregados a possibilidade de ficar em casa, mesmo que seja apenas uma ou duas vezes na semana. Desses, 45% correspondem a pequenas empresas.
E por que algo assim acontece, considerando todo o potencial positivo para o equilíbrio da vida pessoal e profissional do funcionário, bem como a economia que isso pode oferecer à empresa? Ao que tudo indica, isso se deve em boa parte ao “conservadorismo por parte da direção” das companhias, sendo citado por 43% das empresas entrevistadas.
Mais do que apenas conservadorismo
Obviamente, esse não foi o único problema citado entre os motivos para impedir o aumento do home office no país. Questões como “segurança da informação” e “problemas legais” vêm logo atrás, ambos citados em 38% dos casos, seguidos pela “dificuldade de gerir atividades em ambiente externo”, com 36%. Outro dos maiores problemas foi a questão de infraestrutura, com 29%.
Como resultado, temos atualmente um crescimento mínimo na adoção da prática por parte das empresas. Para você ter uma ideia, o aumento foi de apenas 1% nos números de 2014 e 2015.
“Existe uma cultura no Brasil onde o responsável deve sempre acompanhar de perto sua equipe”, explica Ariane Abreu, Diretora Comercial da Total IP. “Qualquer cenário contrário traz um sentimento de desconforto, também temendo outras distrações em casa como TV e familiares”, continuou.