Empresários uruguaios buscam oportunidade de expandir negócios no Brasil
Com 3,5 milhões de habitantes, Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 70 bilhões de dólares e de característica essencialmente agroexportadora, o Uruguai tem vivido, nos últimos cinco anos, grande expansão do mercado de crédito, o que, como reação em cadeia, impulsionou a especialização das operações de cobrança no país.
E foi em busca deste know how que Vinicius Duarte, gerente geral da CGM&A Recuperación de Activos, veio ao Brasil a convite da IGeoc e Total IP+IA para participar da sexta edição do Fórum de Inovação realizado pelo IGeoc em junho. “É invejável a maturidade dos empresários brasileiros. Até no momento em que o mercado se encontra como está, eles têm que estar mais juntos do que nunca para enfrentar os problemas que sempre vão existir, em maior ou menor escala, como os sociais, econômicos e políticos”, observa animado o executivo.
Apesar do crescimento do polo logístico e de serviços, fato que Duarte credita às boas políticas voltadas aos portos e criação de zonas específicas de serviços, o Uruguai tem sido influenciado pela crise política que afeta não só o Brasil, mas também a Argentina e região. Assim, o consumo de produtos e serviços devem cair e pesquisas de opinião apontam que empresários não veem aumento do número de contratações em curto prazo, o que vai aumentar o desemprego em todo o país. “Temos que incluir os jovens no mercado de trabalho, encontrar lugar para que esses jovens profissionais possam começar a gerar valor dentro do País. Temos ainda de cuidar dos empreendedores e startups e ter uma política de acesso destes jovens profissionais a financiamentos competitivos. ”
Como oportunidade para o mercado uruguaio, o gerente geral aposta em novas tecnologias para atender as gerações mais novas de consumidores. “Na medida em que vejo como a indústria se comporta no Brasil, Argentina e Peru, percebo que os principais investimentos são voltados para a necessidade do cliente de ser contatado em outros canais, como a famosa URA e o automatismo de e autosserviços. “O futuro vai ser incorporar novas tecnologias para se adequar ao novo consumidor, que é a pessoa de 18 a 35 anos, que ele tem outra olhada sobre os serviços. Ele não quer fila, quer a resolução da sua pergunta”, observa.
Por fim, Duarte acredita na possibilidade de expandir a atuação uruguaia como prestadora de serviços aos brasileiros, especialmente porque boa parte da população da fronteira também fala português nativo. “Agora queremos formar laços fraternais. Para nós, compartilhar práticas já é ganhar, e muito, sem a necessidade de estabelecer um negócio”, conclui o executivo.
(Fonte: Blog Televendas e Cobrança)