Coleta de dados dos clientes aprimora o atendimento
Quanto mais informações uma marca detém sobre seu público-alvo, melhores os direcionamentos e entregas realizadas. Logo, coletar dados é uma estratégia eficiente.
Os números desse modelo de comércio aumentam a cada dia
A quarentena imposta pelos governos para conter a propagação do coronavírus obrigou as pessoas a adotarem novos hábitos. Porém, a compra on-line veio para ficar. Segundo o relatório Future Shopper Report 2021, produzido pela Wunderman Thompson em parceria com a Enext, mesmo com a reabertura das lojas físicas, 72% dos consumidores pretendem continuar comprando pela Internet.
As compras on-line
O Brasil é o quinto país do mundo com mais uso de smartphone, de acordo com a Gartner. Esse é um dos fatores para explicar o grande acesso a esse comércio. Segundo pesquisa do Google, realizada em 2020, quatro em cada dez brasileiros preferem o digital para fazer encomendas. De acordo com a Nielsen, chegaram a 53,4 bilhões de reais só no primeiro semestre de 2021, um recorde. Representando um crescimento de 31% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Segundo um levantamento da AppsFlyer, 19% dos downloads de apps de comércio eletrônico feitos via Android no mundo todo, entre janeiro de 2020 e julho de 2021, aconteceram no aqui no país. Já na plataforma iOS, usada em iPhones, foi o segundo maior, com 9% das instalações, atrás apenas dos Estados Unidos, com 25%.
Para o diretor de tecnologia da Total IP, Giovane Oliveira, quem não se adaptar a esse novo formato, ficará ultrapassado. “Os clientes perceberam o conforto e a praticidade proporcionada pela web. Sendo assim, não voltarão atrás. Os fornecedores também podem tirar muitas vantagens e precisam se adequar”.
Outro ponto interessante está na mudança da disposição dos consumidores mais tradicionais. Ainda sobre o estudo, 54% dos compradores acima de 55 anos enxergaram o e-commerce como uma solução nos últimos dois anos, enquanto apenas 26% apontaram neutralidade. Da mesma forma, 51% das pessoas nesse mesmo grupo continuarão utilizando esses serviços, mesmo com a retomada total da economia no mundo.
No dia dos pais, em agosto, os presentes foram adquiridos em sua maioria de forma virtual. “Chamou atenção o meio de pagamento indicado pela maioria. Entre os entrevistados, 64% utilizaram o cartão de crédito. Até pouco tempo, sempre foi dito por muitos sobre o receio em fornecer esse tipo de dado em sites e aplicativos, por causa de fraudes. Entretanto, com a situação vivida nos últimos meses, as pessoas viram a possibilidade de confiar, tomando, é claro, os devidos cuidados”, explica a diretora de contas da Bare Brasil, Kamilla Melo.
Vantagens para o vendedor
O isolamento social forçou o fechamento de diversos estabelecimentos e a mudança no modo de atuação de alguns. A Covid-19 afetou fortemente o varejo em geral. Com exceção dos supermercados, no restante do setor houve uma retração de faturamento de até 60%. Porém, nessa dificuldade, alguns empreendedores enxergaram uma oportunidade. Transportar a sua loja para as redes ou até criar uma, significa mais variações de público e economias com estoque, funcionários e aluguel.
Daqui para frente, os donos devem focar em melhorar a experiência do cliente. Um exemplo é o chat do WhatsApp. Dessa forma, você pode deixar sua conta logada em até quatro dispositivos simultaneamente, realizar um atendimento inicial automático e, após uma triagem, passar para um funcionário responder. Com isso, você poupa esforço e dinheiro. Esse pode ser um fator crucial em um setor tão concorrido.
Quem tiver um bom planejamento para o futuro, sairá na frente dos demais. Apesar de todo esse aumento, o modelo ainda é considerado embrionário no Brasil e com muito espaço para crescer. Essa nova onda pode significar uma revolução nas vendas, obrigando inclusive as lojas físicas a se modernizarem e repensarem suas estratégias.
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