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05-06-17 | Revista do Call Center

Publicado em 05/06/2017 17h41, última atualização em 29/03/2022 17h07

Precisamos falar sobre telemarketing!

Nos últimos dias, o setor de televendas ganhou destaque na grande imprensa, mas o motivo não foi animador. O Procon de São Paulo notificou 35 empresas por desrespeito à Lei 13.226/08, instituindo o “Cadastro para o Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing”. Quem registra seus dados pessoais neste site, não pode ser incomodado.

É importante frisar: entidades filantrópicas e assessorias de recuperação de crédito não entram no acordo. Regiões do Brasil como Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, entre outros, possuem um procedimento semelhante em seus respectivos programas de defesa dos direitos do consumidor.

Com a evolução das leis, comportamentos e tendências das novas gerações, é necessário repensar o processo de venda por telefone. A própria norma do Procon já demonstra: quantidade de contatos não significa aumento de resultados positivos. E pior: você terá negado o acesso a um possível cliente no futuro!

Baseado na minha experiência como ex-supervisora de uma operação de telemarketing e atual diretora comercial, deixo dicas para utilizar essas indagações a ser favor e ter sucesso com as metas da equipe:

Primeiro, fique de olho na legislação! O Procon de cada estado disponibiliza a lista de cadastros de quem não quer receber chamadas. Basta adquiri-la e subir os contatos na black list de seu software de gestão de telefonia.
Conheça seu produto e pesquise seu cliente. Quem compra? Em qual horário e época do ano? Por quê? Onde e como? Às vezes, essa mercadoria faria mais sucesso se fosse comercializada por outro meio de comunicação, como e-mail, chat ou SMS, por exemplo.
Modifique a estratégia, definindo novos planos de ação e maneiras de trabalhar seu mailing. Parâmetros como o tempo de discagem, ligações simultâneas por evento e pausas para o operador são muito importantes, além da modalidade do discador.
Por fim, cuidado! Você pode estar ligando para alguém da Geração Y. Eles não gostam de falar ao telefone. Uma opção é a URA Reversa: ao final de uma mensagem de áudio, oferece a possibilidade para, caso a pessoa tenha interesse, falar com um agente e iniciar o atendimento. O CPC é certeiro, não desperdiçando o tempo dos operadores.

Viu só como é possível contornar uma barreira e melhorar os resultados com pequenas mudanças? Basta ter calma, treinar sua equipe constantemente e usar a melhor tecnologia disponível no mercado. Boa sorte!

Ariane Abreu é Diretora Comercial da Total IP

(Fonte: Revista do Call Center)

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