Facebook: mais que uma rede social
Atualmente, nenhuma outra rede social é páreo para o Facebook. Apenas no Brasil, são 83 milhões de usuários, de um total de 1,35 bilhões, mais do que a população de diversos países. Devido ao seu enorme sucesso, surgiram até mesmo profissões antes impensadas, em especial os marketeiros especializados nessa plataforma.
Criado em 4 de fevereiro de 2004 por Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Eduardo Saverin e Dustin Moskovitz, a rede social foi uma evolução da plataforma Facemash, idealizada por Zuckerberg em outubro de 2003, na qual os estudantes da faculdade de Harvard podiam escolher amigos mais atraentes. Primeiramente fechado apenas para os estudantes da universidade, o Facebook foi se expandindo para outras universidades americanas. Nesse período, a rede era conhecida como thefacebook.com. A fama foi crescendo conforme o boca a boca foi se espalhando e logo diversos universitários do mundo inteiro estavam se cadastrando na plataforma que, em 2005, ganhou o nome de Facebook. Hoje, a rede é aberta para basicamente qualquer pessoa e mesmo tendo sofrido algumas mudanças com o decorrer do tempo, seus criadores ainda afirmam que ela mantém o objetivo inicial que é permitir o compartilhamento de dados e imagens entre os usuários da forma mais fácil e rápida possível, além de proporcionar entretenimento e uma forma para manter laços de amizade, apesar da distância.
Mudanças
Esse enorme número de conteúdo sendo trocado todos os dias também possibilitou mudanças no mundo. Uma das mais recentes foi a “Primavera Árabe”, na qual a ferramenta foi imprescindível na derrubada dos presidentes da Tunísia e do Egito, Zine el-Abdine Ben Ali e Hosni Mubarak, em 2011. Mais recentemente, o Facebook tem sido usado para ajudar na situação delicada que se encontra a Ucrânia, principalmente após a anexação da Criméia pelo presi- dente russo, Vladimir Putin.
Aqui no Brasil, os protestos de 2013 também se beneficiaram do Facebook não só para criar um ambiente de dis-ussão, mas divulgar o que estava acontecendo em tempo real nas ruas das cidades e marcar encontros para novas passeatas. Foi nele também que começaram as surgir os rolezinhos, onde grupos de jovens combinavam de se reunir em shoppings e outros estabelecimentos.
Fique de olho
Novas tecnologias surgem a cada dia e saber o que vem por ai é uma maneira de não só ficar à frente do mercado, mas também se preparar para o que pode ser o próximo Facebook. Entre as mais esperadas estão as ligações VoIP, ou Voz sobre Protocolo de Internet. Basicamente, os sinais de áudio analógicos, como uma chamada telefônica, são transformados em dados digitais que podem ser transmitidos através da Internet.
Para Fábio Xavier, coordenador geral do Instituto Brasileiro de Tecnolo- gia avançada, devemos ficar de olho na Internet das Coisas. “É tendência que veio para ficar. Teremos equipamentos, eletrodomésticos, casas automati- zadas, roupas e acessórios, automóveis tudo interligado via internet. Já há em desenvolvimento automóveis que se comunicam entre si, para evitar acidentes e colisões. Além disso, o dinheiro digital, como bitcoins, e pagamento por meio de smartphones (que serão cada vez mais rápidos e potentes) também deverão ficar em evidência”, diz.
Fernando Lujan, Diretor de TI da Total IP, aponta outra tendência. “Os wearables, ou os dispositivos eletrônicos de vestuário. Teremos no futuro relógios capazes de medir a pressão, índice glicêmico, temperatura corporal, calcular quantos passos você deu em um dia e etc. Essa nova revolução será tão poderosa quanto foi a dos smartphones em nosso cotidiano. Um compartilhamento entre a Internet das Coisas e os wearables pode tornar esses dispositivos tão importantes quantos os smartphones. Afinal, é muito cômodo receber um aviso no seu relógio avisando que determinado produto da geladeira está acabando ou que está com a pressão alta e deve procurar um médico”, finaliza.
(Fonte: Jornal Veran)